Resumo reunião Candidato Celso

Observação: Este é um resumo de uma reunião formal, sem caráter documental, destinado a compartilhar com os membros da AMA Xangri-Lá e demais cidadãos interessados os tópicos abordados, sob a perspectiva da associação. Ressaltamos que o conteúdo aqui exposto foi previamente compartilhado com os candidatos mencionados, que não apresentaram ressalvas ou objeções ao seu teor.

Participantes:

  • Prefeito de Xangri-Lá e candidato à reeleição: Sr. Celso Bassani Barbosa
  • Vice-Prefeito de Xangri-Lá e candidato à reeleição: Sr. Frederico Freire Figueró
  • Secretária de Saúde: Srª Elizabete Barbosa Zimmer
  • Presidente da AMA Xangri-Lá: Sr. Diego Sefrin
  • Vice-Presidente da AMA Xangri-Lá: Srª Darlene Espindola
  • Secretárias da AMA Xangri-Lá: Srª. Cassiane Rosa e Srª. Lauana Florindo
  • Tesoureira da AMA Xangri-Lá: Srª Aristela Quinziani

Ao iniciar a reunião, explicamos que o objetivo era discutir o futuro, caso os candidatos sejam eleitos, utilizando o passado como referência, mas sem entrar em detalhes sobre ele. Também mencionamos a necessidade de apoio para nossas crianças.

O prefeito começou destacando que foi responsável pela implantação do Psicocentro. Ele reconheceu tanto os aspectos positivos quanto os desafios, que já havíamos discutido em reuniões anteriores. Por esse motivo, o atendimento foi absorvido pela prefeitura, sendo uma área nova para a gestão, especialmente no que diz respeito ao autismo. O prefeito mencionou ainda a intenção de transformar a atual estrutura da Secretaria de Saúde em um centro especializado para o atendimento ao autista, com a possibilidade de aumentar a oferta de especialidades. Ele destacou a recente formação de sua filha como nutricionista, mencionando com orgulho que ela obteve nota máxima em seu TCC.

Em seguida, ele expressou o desejo de incluir a Eco Terapia como uma especialidade disponível, conforme a necessidade de cada usuário, citando uma clínica em Arroio Teixeira como referência.

Nós abordamos a questão do trabalho isolado de cada secretaria, ressaltando que a prefeitura deve funcionar de forma integrada.

Além disso, discutimos o transporte que existia no Psicocentro e que foi descontinuado quando a administração foi transferida para Xangri-Lá. Ressaltamos que a forma como a agenda de atendimentos é organizada – priorizando a disponibilidade dos profissionais ao invés das necessidades dos pacientes – acaba gerando um impacto significativo no transporte, dificultando o acesso de famílias que realmente precisam.

Sugerimos que, ao interligar os serviços das secretarias, como através da Secretaria de Assistência Social, fosse possível identificar quem realmente necessita do transporte e, a partir dessa identificação, ajustar a agenda de atendimentos. Dessa forma, poderíamos oferecer o transporte de maneira mais econômica para o município e com regras claras, garantindo que o serviço seja utilizado de forma justa.

Abordamos também a visão dos usuários, que muitas vezes percebem a prefeitura como um conjunto de secretarias trabalhando de forma isolada. Destacamos que isso poderia resolver grande parte da demanda existente, mas, principalmente para a comunidade atípica, seria necessário um enfoque unificado.

Nesse momento, o Vice-Prefeito Fred mencionou que já havia iniciado um trabalho nesse sentido, e que, com a nova Secretaria de Educação, um esforço conjunto entre as Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social já estava em andamento.

Enfatizamos que estamos focados em resolver a dor latente das crianças atípicas, mas destacamos que a questão é muito mais ampla. Muitas das mães dessas crianças são mães solo, sem rede de apoio adequada, o que muitas vezes impede sua inserção no mercado de trabalho por falta de qualificação ou pela incompatibilidade de horários dos serviços disponíveis com a realidade de suas famílias.

Falamos sobre a importância de oferecer incentivos ao empresariado local para a contratação de atípicos e seus familiares, por meio de isenções ou reduções de ISSQN (exemplo). Além disso, sugerimos a criação de contraturnos para que os responsáveis por crianças atípicas tenham disponibilidade para trabalhar, acessando esse serviço mediante uma análise realizada pela Assistência Social.

Ressaltamos a necessidade de um posicionamento claro da prefeitura quanto ao acesso aos serviços, com regras transparentes para determinar quem pode ou não ser atendido na rede municipal, de acordo com suas necessidades. Por exemplo, um cadeirante deve ser atendido em uma escola acessível, e, se a unidade não oferecer acessibilidade, deve haver um encaminhamento imediato para outra que atenda essas exigências.

Discutimos também a importância de criar fluxos de trabalho dentro da prefeitura para evitar que casos como o mencionado acima sejam tratados como isolados. Esses fluxos devem ser amplamente difundidos para melhorar a comunicação entre a população e a prefeitura, eliminando os ruídos existentes.

Reiteramos a necessidade de melhorar a gestão da fila de atendimento na saúde pública, para aumentar o controle e a confiabilidade do serviço. Atualmente, a informação é ambígua e passiva, ou seja, o usuário precisa contatar o serviço individualmente para se informar, sem um controle eficiente.

Discutimos também a questão da Dra. Alice e a falta de comprovação do seu curso em neuropediatria, destacando os problemas que isso pode causar tanto para a prefeitura quanto para os usuários. Mencionamos a importância de exames específicos que determinam o tipo de profissional necessário para acompanhar cada paciente, ajudando a dimensionar a demanda por atendimento em psiquiatria e neurologia.

Falamos sobre a necessidade de unificar as informações dos usuários em um único sistema, onde os profissionais possam acessar dados provenientes das escolas, do CAPS, do CAME, etc.

Neste ponto, o prefeito sugeriu uma reunião com representantes das Escolas, Secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social para alinhar a comunicação.

Abordamos também a falta de documentação dos atendimentos do CAPS e do CAME, incluindo laudos, pareceres e negativas. Observamos que os profissionais muitas vezes se recusam ou atrasam a entrega desses documentos, e quando o fazem, parece ser de má vontade.

Finalizamos reiterando nossos medos e receios, a vontade de ajudar nossos filhos, e pedindo ajuda.